O Deus que Ama

Versículo-chave:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).
Vivemos em um mundo onde o amor muitas vezes é condicional. Amamos quem nos agrada, quem nos retribui, quem se encaixa nas nossas expectativas. Mas, quando pensamos em amor altruísta, pensamos na referência que temos desde pequenos, o amor de mãe. O amor de mãe é, sem dúvida, uma das expressões mais profundas e puras de afeto humano — mas, ainda assim, não se compara ao amor divino. O amor de dEle por nós é diferente — é perfeito, incondicional e eterno — o amor de Deus TRANSFORMA. Vamos explorar porque o amor de Deus vai infinitamente além do amor de uma mãe, mesmo sendo este uma de nossas maiores referências.
O amor que nos conhece e nos escolhe. “Com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí.” (Jeremias 31:3). Antes mesmo de nascermos, Deus já nos amava. Seu amor é eterno — não tem começo nem fim. Ele nos atrai com bondade, não com imposição. O amor de Deus é intencional: Ele nos escolheu, mesmo conhecendo nossas falhas.
O amor que se prova com ação. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8). Deus não apenas diz que nos ama — Ele prova. O maior gesto de amor da história foi a entrega de Jesus na cruz. Não foi quando éramos bons ou merecedores, mas “sendo nós ainda pecadores”. O amor de Deus é sacrificial.
O amor que corrige e cuida. “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hebreus 12:6). O amor de Deus não é permissivo; é também corretivo. Ele nos disciplina porque nos ama, como um Pai que deseja o melhor para seus filhos. A correção de Deus é prova de que pertencemos a Ele.
O amor que lança fora o medo. “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.” (1 João 4:18). O amor de Deus traz segurança. Quando o compreendemos, o medo da rejeição, do castigo e até da morte se desfaz. O amor divino nos cobre, consola e nos dá ousadia para viver com fé.
O amor que nos torna capazes de amar. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19). Nosso amor por Deus e pelo próximo nasce do reconhecimento de que fomos amados primeiro. Só quem é cheio do amor de Deus pode verdadeiramente amar de forma genuína, perdoadora e altruísta.
O amor inseparável. “Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida [...] poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:38-39). Nada pode nos separar do amor de Deus. Nenhuma circunstância, pecado, tragédia ou falha. Esse amor é constante, inquebrável e seguro — ancorado na obra de Cristo.
Conclusão:
Deus nos ama não por quem somos, mas por quem Ele é. O amor d’Ele não depende do nosso desempenho, da nossa fidelidade ou de merecimento algum. Ele nos amou primeiro, mesmo quando estávamos afastados, perdidos, quebrados. Esse amor foi demonstrado de forma suprema na cruz, quando Cristo entregou Sua vida por nós.
Nosso papel como mordomos de Deus é viver diariamente à luz desse amor. Devemos refletir o amor de Deus em nossas ações, palavras e atitudes. Amor que perdoa, que serve, que se doa. Amor que não se exaure, porque tem sua fonte no próprio Deus.
Aplicação:
Hoje, tire um momento para reconhecer o amor de Deus por você. Não tente merecê-lo — apenas receba. Em seguida, pergunte ao Senhor: “Como posso demonstrar esse amor hoje?” Pode ser através de uma palavra gentil, um gesto de compaixão, ou até mesmo um momento de oração por alguém que você tem dificuldade de amar.
Oração:
Senhor, obrigado por Teu amor incondicional. Mesmo quando me sinto indigno, o Senhor continua me amando com um amor eterno. Ajuda-me a viver como reflexo desse amor, sendo instrumento da Tua graça no mundo. Ensina-me a amar como Tu amas. Em nome de Jesus, amém.

Judson Hatcher
Judson Hatcher é marido de Raquel, e juntos têm quatro filhos. Ele é missionário, pastor, implantador da Nova Igreja Batista de Interlagos, coordenador da Rede Convivência.